Uma carta para ti, caro blog. #8

13:38:00


Querido blog,
O meu peito e a minha mente
vão-se contorcendo, 
À luz da minha alma, 
a esperança vai morrendo.
E enquanto o mar reclama
e me leva a conhecer a saudade,
os nossos corpos agora separados
choram à procura da verdade.
Desesperadas, as memórias
apoderaram-se de todo o meu pensamento,
Lembrando mágoas passadas ou presentes
desejos do momento.
Melodias sussurradas ao ouvido
Beijos meigos, doces, quentes,
Olhando e fixando a lua
Encontram-se as nossas mentes.
E é quando eu estou sozinha
ao abrigo da luz enfeitiçada,
Que me desgasto a mim mesma,
ao som da tua voz sussurrada
Em que me concentro
em todas as noites, ao luar,
Quando mais te amo,
ou mais penso amar.
São as saudades, as mais malvadas
que me fazem assim, melancólica
E envolta por gritos roucos
a minha voz, gasta, fónica
Canta, chama por ti
Transforma em gelo o meu calor
Deprime-me, consome-me
No auge do nosso amor.
E as ondas, 
que dançam ao som do vento,
Levam-me com elas, a mim
às magoas e ao descontentamento,
Às obsessões ou às predições
elas acenam com um sorriso
Enquanto a água, meia gelada, 
se apodera do chão que piso.
Debaixo do céu estrelado,
fecho os meus olhos cansados
Descansam os grãos de areia,
de rocha bordados.
Permaneço então
isolada, de um Mundo
Em que numa nostalgia de sentimentos
A atracção e o desejo confundo.
Acordo, com raios de sol
iluminando a minha face,
em que todo este sofrimento
usa sorrisos como disfarce.
Levanto-me, lentamente
e sigo rumo ao mar,
Levo comigo este amor, 
que um dia destes se irá revelar.

Um beijo, Inês Agostinho.




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